quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Requisitos para ser um manezinho da Ilha


Manezinho da Ilha – Em tempos idos era uma designação pejorativa. Hoje define quem nasceu ou vive na Ilha de Santa Catarina e se identifica com as suas belezas naturais, tradições, peculiaridades e com a maneira de ser de seu povo: jocoso, gozador, nostálgico e contemplativo (afinal, são duas baías para se contemplar todos os dias).

Para ser um verdadeiro Mané tu precisas preencher, pelo menos, 80% dos requisitos abaixo enumerados, caso contrário não adianta receber troféu de Mané e nem freqüentar o Mercado Público todos os dias por cinco anos seguidos, muito menos, morar no Ribeirão da Ilha e se esforçar para falar com sotaque manezês.

Para ser um autêntico Mané tu precisas, ô istepô:

01) Antes de qualquer coisa, ter nascido na Ilha de Santa Catarina, seja na Carmela Dutra, na Carlos Correia ou mesmo de parteira, ou no continente (leia-se Estreito, ou em puro manezês Streitcho). Não adianta vir com essa história que nasceu fora e veio morar aqui pequenininho;

02) Falar manezês fluente, tão rápido que deixa o cristão que te ouve meio tanso

03) Falar 60% das palavras no diminutivo (Vash querê um cafezinho com pãozinho ou com bolinho de chuva?);

04) Gostar do cheiro das bancas de peixe do Mercado Público. Nada de tapar o nariz pra comprar camarão;

05) Ter assistido um Avaí e Figueirense no Adolfo Konder e, de preferência, ter fugido com a bola quando essa era chutada pra fora do campo;

06) Ter, pelo menos uma vez na vida, subido a Avenida Tico-Tico (Rua Clemente Rôvere);

07) Ter ajudado a fazer ou ter dançado no boi de mamão;

08) Ter participado da farra do boi ou, pelo menos, ter fugido em carreira, todo borrado com medo do pobre animal;

09) Ter se vestido de mascarado e corrido atrás das raparigas nas noites de verão;

10) Ter tomado banho na Lagoa da Conceição sem medo de pegar pereba;

11) Ter comprado empadinha na Confeitaria Chiquinho;

12) Ter tomado picolé de coco ou sorvete de butiá nas sorveterias Satélite ou Ilhabela;

13) Ter saído em bloco de sujo no carnaval, vestido de mulher e continuar gostando de rapariga;

14) Ter guardado no rancho: caniço, tarrafa, puçá, coca, jereré e pomboca ("Prá mó di pega uns sirizinho, uns camarãozinho, uns peixinho...");

15) Ter comprado na Venda: bala azedinha; pé de moleque; quebra-queixo; Maria mole, pirulito açucarado em forma de peixe, Bala Rococo, Tablete Dalva, Guaraná Pureza ou refresco da Max William.

16) Acreditar em bruxas e ter ouvido pelo menos uma história de Franklin Cascaes;

17) Ter assistido na TV Cultura um filme na Poltrona 6 e, para as senhoras, o programa Celso e a Sociedade (a Metralhadora Platinada);

18) Entender tudo o que o Miguel Livramento fala;

19) Não aceitar nada do que o Paulo Brito diz;

20) Tentar descobrir para qual time da Capital o Roberto Alves torce e não acreditar naquela história de que ele ainda é torcedor do Paula Ramos;

21) Ter ouvido o programa do Jorge Salum e ter tentado ganhar uma caixa de maçãs respondendo perguntas sobre conhecimentos gerais;

22) Sentir enorme prazer ao comer uma boa posta de tainha frita, com "pirão de nailo", ou então, aquele berbigãozinho ensopadinho derramado sobre um pirãozinho de feijão;

23) Ter curtido um baile de carnaval no Lira, no LIC, no Doze ou no Limoense;

24) Ter assistido desfile de escola de samba e de carro alegórico ao redor da Praça XV;

25) Ter participado de alguma turma da cidade (do muro da Mauro Ramos, do Quiosque, da Marquise etc);

26) Ter dado um tapa na orelha do César Cals na Novembrada e ter chamado o General Figueiredo de .... (Tu sabes o que);

27) Defender a mudança do nome da Cidade para Nossa Senhora do Desterro;

28) Ter passado pela Ponte Hercílio Luz e não entender a incompetência de nossos governantes que até agora não conseguiram recupera-la;

29) Ficar horas no Ponto Chic, tomando cafezinho e discutindo sobre política, futebol e mulher (não obrigatoriamente nessa ordem);

30) Ser Figueirense e secar o Avaí;

31) Ser Avaí e secar o Figueirense;

32) Falar mal de qualquer árbitro que apite um Clássico;

33) Ter andado em ônibus da Taner ou da Trindadense;

34) Ter ouvido a Neide Maria Rosa no "Amarelinho";

35) Ter comprado um bilhete de loteria federal da Lurdes (com redinha na cabeça e tudo);

36) Ter chorado a morte do Zininho e do Aldírio;

37) Ter conhecido o Bataclan;

38) Ter ouvido as histórias do Capa Preta;

39) Ter ouvido previsões do A. Seixas Neto;

40) Ter freqüentado, ou apenas conhecido, o Miramar e lamentar, profundamente, a burrice daqueles que permitiram a demolição de um dos principais marcos culturais na nossa cidade;

41) Ter entrado como "piru de fora" em festa de 15 anos, baile de debutante ou casamento de "granfino";

42) Ter comprado na Modelar, no Ponto 75, na Grutinha (êta nome sugestivo); nas Casas Coelho; na A Capital; nas Casas Macedônia; no Beco; no Saco e Cuecão; na Aki Calças e Aki Camisas e, é lógico, na Miscelânia, que era o paraíso da criançada.

43) Ter assistido, na sessão vespertina, a um filme no Roxy, no São José, no Ritz, no Glória, no Jalisco, no Carlitos ou no Cecontur;

44) Ter assistido peça teatral no Álvaro de Carvalho;

45) Ter visto carnaval com o Rei Momo Lagartixa;

46) Ter "melado a cueca" na boate do Doze, do Lira, na Dizzy etc;

47) Ter dado "uma sarradinha" de madrugada no "Kuxixos";

48) Ter ido a um baile de formatura no Clube do Penhasco;

49) Ter ouvido muitas histórias dos bailes no Clube Quinze;

50) Ter visto a procissão do Senhor dos Passos descer a Rua Menino Deus;

51) Se emocionar ao ouvir o Rancho de Amor à Ilha e cantar baixinho como se fosse uma oração;

52) Reverenciar todas as manhãs a Figueira da Praça XV e ter nela o marco inicial do amor que temos por nossa terra;

53) Adorar vento sul;

54) Amar o verão, pegar tainha no inverno, ver Garapuvu florido e rezar a Nossa Senhora do Desterro pedindo proteção para que o progresso desordenado não destrua nossos últimos valores.


Fonte: FloripAventura - Pequeno dicionário Ilheu

Azeite de oliva: mitos e verdades


Como grande apreciador do saboroso azeite de oliva (alguns não suportam), um produto de grande audiência milenar, estou enchendo a paciência aqui dos leitores e (re) postando um artigo que encontrei na fabulosa Net.

"O interesse pelo azeite de oliva tem aumentado muito ultimamente. No entanto, permanecem as velhas confusões - mitos, na verdade - que pouco ajudam o consumidor na busca de um produto adequado às suas necessidades nos pontos-de-vendas. Conheça alguns mitos comuns e algumas verdades necessárias para comprar azeites de boa qualidade...

Azeites de oliva de primeira prensagem são melhores?

Mito - Trata-se de uma informação que induz ao erro de imaginar que existe uma segunda prensagem e que a qualidade do azeite de oliva virgem vai piorando a medida que o processo progride. Na verdade, todos os azeites de oliva virgens, bons ou ruins, nos dias de hoje, resultam de uma primeira prensagem, portanto não é esse um fator que define a qualidade do produto.

Azeites de oliva com baixa acidez baixa são mais gostosos ou intensos?

Mito - A acidez é um fator de classificação importante do azeite de oliva virgem, mas não serve para indicar a qualidade sensorial do produto. É impossível fazer a associação quanto menor for a acidez, mais gostoso será o azeite de oliva. O sabor e o aroma do produto é resultado de um complexo equilíbrio de pelo menos 70 compostos diferentes (cetonas, éteres, alcoóis, entre outros) que são transmitidos em gradações diversas, primariamente, pela variedade e pela maturação dos frutos no momento do processamento e, secundariamente, pelo micro clima e pelo solo em que a árvore está plantada. Já a acidez, que aliás nada tem a ver com o pH que aprendemos nas aulas de química, é gustativamente imperceptível. No entanto, esse índice tem um outro valor: a acidez tende a ser menor quando a coleta e o processamento das azeitonas é bem feito. Por isso é comum que bons azeites tenham acidez baixa. No entanto é possível encontrar um azeite com grau de acidez baixo, mas com pouca personalidade, pouco aroma e de sabor apagado e, também o contrário, um azeite com acidez um pouco mais alta, mas de presença marcante na boca.

Azeites são melhores quando jovens?

Verdade - O primeiro fator de qualidade sensorial é bastante simples: a data de fabricação. O azeite de oliva, ao contrário de alguns vinhos, é tanto melhor quanto mais jovem. Apesar de não ser correto afirmar que qualquer azeite de oliva, por ser jovem, é automaticamente melhor do que outro mais antigo, um determinado azeite será sempre melhor no começo de sua vida do que no fim dela.

Azeites de oliva de cor verde são mais fortes?

Mito - A cor é outro atributo que também não influi na qualidade sensorial do azeite. A cor verde é resultado da quantidade de clorofila (pigmento de cor verde) presente no produto. A clorofila transmite ao azeite de oliva, além dos tons esverdeados, notas sensoriais mais amargas. Todos os demais aspectos sensoriais não podem ser avaliados pela cor do azeite de oliva. Os mais verdes, normalmente, resultam da prensagem de frutos iniciais da colheita.

Azeites de Oliva são saudáveis porque não têm colesterol?

Mito - Às vezes encontra-se inscrito em embalagens de azeite de oliva a expressão "Sem Colesterol". Trata-se de outro apelo que não vale muito, pois todo o alimento de origem vegetal não contém colesterol. Isso vale para a abóbora, o azeite de oliva ou o óleo de soja. Não é a ausência de colesterol que justifica a aquisição de azeite de oliva.

A degustação é o único caminho de avaliação?

Verdade - Bons azeites de oliva são aqueles que têm uma história sensorial para contar, são complexos, apresentam corpo, evoluem em transições sensoriais diversas e permanecem com seu retro gosto. O conjunto desses atributos manifesta uma personalidade. Por isso, degustar é a melhor maneira de estabelecer preferências. Dessa forma é um bom hábito provar uma pequena porção do produto puro logo depois da compra. Com o tempo, o seu paladar se converterá em sua bússola e deixará claro qual é a sua preferência.

Como degustar o azeite de oliva virgem espanhol

Coloque cerca de 20 mililitros do azeite de oliva a ser degustado em um copo pequeno, de preferência opaco - assim a cor do produto não irá afetar seu julgamento. Tampe com uma das mãos a superfície superior do copo e coloque a outra mão por baixo do copo visando aquecê-lo. Permaneça assim por cerca de 30 segundos. Esse procedimento irá concentrar os aromas do azeite de oliva e o ajudarão a identificá-los. Em seguida, aspire os aromas do copo e procure identificar a natureza dos aromas. Dependendo da variedade, podem lembrar, ervas recém cortadas, maçãs verdes, frutos secos, abacate, notas cítricas assim por diante.

Em seguida, sorva vigorosamente um pouco do azeite - o barulho é desagradável, mas ajuda a perceber melhor todos os sabores do azeite de oliva. Você vai sentir, em graus diferentes, uma sensação doce na ponta da língua, outra amarga na parte superior da língua e uma sensação picante na base da língua, perto da garganta. Dependendo da intensidade de cada uma dessas sensações e de suas transições, uma história sensorial será contada. Pode agradar ou não, mas um azeite de oliva que proporciona essas sensações tem algo a dizer e merece respeito."


Fonte: Azeite, sua Vida!

O Incrível azeite de oliva


Imprescindível na salada e delicioso no macarrão, um bom azeite de oliva torna qualquer prato muito mais saboroso. Mas a estrela das receitas mediterrâneas vai muito além de um precioso tempero, já que especialistas garantem sua ação benéfica para o organismo - o alimento ajuda a prevenir especialmente as doenças cardiovasculares.


Segundo o médico cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo, o azeite é praticamente isento de gordura saturada – aquela que é maléfica para o coração por aumentar os níveis do LDL, que é o “colesterol ruim”. Por outro lado, ele é fonte de gordura monoinsaturada que, por sua vez, diminui o LDL e aumenta o HDL – chamado de “colesterol bom”.

As variedades de azeite virgem e extravirgem – os mais puros – também apresentam altas concentrações de vitamina E, betacaroteno e polifenóis. E, de acordo com Jordão, é justamente essa associação de compostos que parece ser a responsável pela ação antioxidante e anti-inflamatória do azeite.

A nutricionista Juliana Ruas Dal’Mas, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, reforça: “O azeite é rico em poliferóis, que previnem oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais livres. Estes, por sua vez, são muito nocivos à saúde, pois são responsáveis pelo envelhecimento e por doenças degenerativas”. Ela ainda destaca mais benefícios: “Ajuda na absorção das vitaminas lipossolúveis e na função imunológica”.

Claro que não podemos deixar os cuidados com o coração só por conta das refeições regadas a um bom azeite. “A medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o colesterol bom, ainda é a prática regular de exercícios físicos aeróbicos”, lembra Jordão.

A melhor escolha

A chef e especialista em azeites Alessandra Abud, do Gaeta Masseria, de São Paulo, também ressalta os seus benefícios para a saúde: “Além do já comprovado efeito positivo para o coração, ele ainda tem o poder de retardar o envelhecimento. E mais: há quem diga que reduz os níveis de obesidade”. Mas há uma dose diária recomendada: “Use duas colheres de sopa diariamente em suas refeições. Essa é a quantidade indicada pelos especialistas, em geral, e é também o ideal para aromatizar pratos e saladas ao longo de um dia”, ensina Abud.

Dal’Mas concorda que esta é a porção diária adequada e, como nutricionista, faz questão de comentar sobre os cuidados com a ingestão: “O azeite é bem-vindo nas refeições, faz bem à saúde e, de fato, está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem quer ter uma vida mais saudável. Porém, é preciso controlar o consumo, já que também é calórico. Trata-se de um óleo e possui muitas calorias, como qualquer outro. E o exagero nunca é bom, mesmo no caso de alimentos saudáveis. Assim, mais do que duas colheres de sopa ao dia pode resultar em alguns quilinhos a mais”, alerta.

Particularmente, a chef paulistana prefere o azeite extravirgem frutado intenso. “Nas saladas, nos preparos dos pratos e também na hora de servir, é sempre indicado colocar um fio de azeite, o suficiente para conferir sabor e aroma deliciosos”.

Na hora da escolha, no entanto, a dona da Gaeta Masseria lembra que cada azeite possui seu grau de acidez e é preciso observar essa informação no rótulo das embalagens. “O extravirgem, por exemplo, não pode passar de 0,8% de acidez”. Então, quanto menor o grau, melhor o produto. Hoje em dia já é bem fácil encontrar nas prateleiras dos supermercados azeites de excelente qualidade, a preços competitivos e com grau 0,3% de acidez.

“A origem do azeite também pode ser observada, a fim de garantir a melhor qualidade”, explica a chef. “O melhor é adquirir azeites com a denominação de origem protegida (DOP), uma certificação que assegura que o produto é feito sob supervisão e regras definidas para colheita e produção”, orienta.


Fonte: Uol
Texto: Yara Guerchenzon