terça-feira, 30 de setembro de 2014

A fábula dos dois leões



Diz que eram dois leões que fugiram do Jardim Zoológico. Na hora da fuga cada um tomou um rumo, para despistar os perseguidores. Um dos leões foi para as matas da Tijuca e outro foi para o centro da cidade. 


Procuraram os leões de todo jeito mas ninguém encontrou. Tinham sumido, que nem o leite.

Vai daí, depois de uma semana, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas da Tijuca. Voltou magro, faminto e alquebrado.

Foi preciso pedir a um deputado do PTB que arranjasse vaga para ele no Jardim Zoológico outra vez, porque ninguém via vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E, como deputado do PTB arranja sempre colocação para quem não interessa colocar, o leão foi reconduzido à sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrava do leão que fugira para o centro da cidade quando, lá um dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde. Apresentava aquele ar próspero do Augusto Frederico Schmidt que, para certas coisas, também é leão.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para as florestas da Tijuca disse pro coleguinha:

— Puxa, rapaz, como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa saúde? Eu, que fugi para as matas da Tijuca, tive que pedir arreglo, porque quase não encontrava o que comer, como é então que você... vá, diz como foi.

O outro leão então explicou:

— Eu meti os peitos e fui me esconder numa repartição pública. Cada dia eu comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

— E por que voltou pra cá? Tinham acabado os funcionários?

— Nada disso. O que não acaba no Brasil é funcionário público. É que eu cometi um erro gravíssimo. Comi o diretor, idem um chefe de seção, funcionários diversos, ninguém dava por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho ... me apanharam.



Fonte: Texto extraído do livro “Primo Altamirando e Elas”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1961, pág. 153.

Hedy Lamarr

Hedy Lamarr em "White Cargo" (1942) - Sucesso da MGM


Hedy Lamarr, nome artístico de Hedwig Eva Maria Kiesler, (Viena, 9 de Novembro de 1913 — Altamonte Springs, 19 de Janeiro de 2000). Nasceu em Viena, Áustria, de pais judeus. A mãe, Gertrud (nascida Lichtwitz), era uma pianista de Budapeste, vinda de uma família burguesa, e o pai, Lemberg, nascido Emil Kiesler, um diretor bancário. Hedy estudou balé e piano até os 10 anos de idade.


Quando, mais tarde, trabalhou com Max Reinhardt, em Berlim, foi considerada, por ele, a "mais bela mulher da Europa". Durante a adolescência, fez diversos papéis em filmes alemães, ao lado de atores como Heinz Rühmann e Hans Moser.

No início de 1933 estrelou o filme de Gustav Machatý, Ecstasy, um filme tcheco feito em Praga, que a deixou famosa por aparecer nua, correndo por entre folhagens, mergulhando em um lago e simulando um ato sexual com direito a closes do orgasmo. O marido, milionário e ciumento, gastou uma fortuna na tentativa de readquirir e destruir cópias da película.

Em agosto de 1933, Hedy casou com Friedrich Mandl, um vienense fabricante de armas 13 anos mais velho, com o qual ficou casada durante 4 anos. Em sua autobiografia, Ecstasy and Me, Lamarr descreveu Mandl como um homem extremamente controlador, que tentava mantê-la trancada em sua mansão. Hedy acompanhou o marido em diversos jantares com a ascendente elite nazista, com a qual Mandl tinha relações. De acordo com sua autobiografia, em 1937 persuadiu Mandl a autorizá-la a comparecer a uma festa usando todas as suas jóias, depois o drogou e, com a ajuda de uma empregada, escapou do país levando consigo as valiosas jóias.

Lamarr inicialmente esteve em Paris, depois foi para Londres, onde conheceu Louis B. Mayer, trocando seu nome para Hedy Lamarr, em homenagem à estrela do cinema mudo Barbara La Marr, que morreu em 1926, de overdose.

Em Hollywood, sua estreia foi em Algiers (1938). Entre seus muitos filmes, destacam-se: Boom Town (1940), White Cargo (1942), e Tortilla Flat (1942), baseado no romance de John Steinbeck. White Cargo, um dos maiores sucessos de Lamarr na MGM, contém um de seus mais famosos "quote": "I am Tondelayo".

Sanson and Delilah - 1949
Em 1941, atuou ao lado de 2 outras belas de Hollywood, Lana Turner e Judy Garland no musical Ziegfeld Girl. Hedy fez 18 filmes entre 1940 e 1949, apesar de ter tido dois filhos durante essa época (em 1945 e 1947).

Deixou a MGM em 1945; Lamarr estrelou seu maior sucesso, a Dalila, de Samson and Delilah, filme de Cecil B. DeMille, em 1949, ao lado de Victor Mature. Em seguida, estrelou a comédia My Favorite Spy, ao lado de Bob Hope, em 1951, e sua carreira entrou em declínio. Esporadicamente estrelou filmes após 1950, um dos quais como Joanna D’Arc no épico de Irwin Allen The Story of Mankind (1957).

Lamarr naturalizou-se norte-americana em 10 de abril de 1953.


Fonte: Wikipedia.